segunda-feira, 4 de abril de 2011





Eu preciso PARAR com isso, eu preciso deixar de ser muito (quando eu digo muito é MUITO MESMO), e olhe que tento ser apenas metade do que sinto. As vezes cansa sangrar tanto. Desejo as vezes ser mais um casal convencional. Ir de mãos dadas ao cinema no domingo, ter alguém para dividir o mundo, para que não pese tanto, ter alguém que me segure. Ser mais leve. mas não, eu não consigo ser menos intensa. Eu não consigo ser discreta, eu não consigo falar baixinho, ou não contar minha vida toda em meia hora pra quem acabo de conhecer. Tenho pressa, tenho fome de amar. Tenho tanto pra dar, mas ninguém pra receber. Nunca acho que ninguém seja suficientemente bom, costumo me apaixonar somente por quem não posso. É lá que quero depositar meu amor. POR QUÊ??? porque sei que não posso. É como se eu tivesse medo do real, do palpável, tangível. Me alimentasse do que poderia ser ou poderia ter sido. Sofrer pelo passado e imaginar o futuro, que quando se torna presente me assusta, me assusta MESMO. Preciso parar com isso. Preciso botar os pés no chão e parar de viver do que não me acrescenta em nada, NÃO MUDA, NÃO VOLTA, NÃO EXISTE MAIS NO MEU MUNDO. Preciso parar de criar, idelizar coisas, pessoas. E viver delas. E viver disso. viver do que não existe, do que eu criei dentro da minha cabeça louca. Assim como eu vê flor ao invés de pedra. E nem tudo são flores. Não existe homem perfeito. Ninguém vai chegar cantando e tocando pra mim uma música que compôs pros meus olhos, e passar a noite citando Vinicius de Morais. Mas talvez seja necessário, tentar ser menos, pra poder amar. Poder finalmente dar bom dia ao amor. Bom dia a mim. Não exigir tanto de si e tanto dos outros. a felicidade está nas coisas simples não é mesmo? e o simples é o mais importante. mas eu não sou simples, a vida não é simples. Mas por que eu preciso complicar tanto? agora mesmo estou brigando com minhas próprias palavras, meu próprio texto.... É melhor parar por aqui antes que eu me confunda ainda mais.