terça-feira, 21 de junho de 2011




 




É fácil aceitar que você tenha aparecido; difícil é acreditar que você queira permanecer. É fácil aceitar que você me ame; difícil é acreditar que você possa me perdoar tanto assim. É fácil entender que queira estar comigo -eu também quero; difícil é compreender essa sua paciência em esperar minha adaptação. Adaptação ao amor. Sou acostumada a perda de, a falta de, ausência de... Amor. Perdas e danos não fazem parte apenas das minhas aulas diárias. Fazem parte da minha vida, de quem sou. Sou feita de retalhos; já não sou inteira há um bom tempo. Sou retalhada de dor, medo, decepção; mas a costura é feita de fé, força, coragem. Por isso ainda sigo enfrentando os dias. E então me veio você... Você me entregou sua mão, seu ombro, suas palavras, promessas e atitudes. Entregou beijos, abraços, coração, todo sentimento que há nessa vida. E assim eu fui me acostumando... Não sou assim porque quero ou porque te desacredito. Acontece que eu tenho uma barreira, que o bem que você me faz é tanto, que perdê-lo novamente me geraria danos irreparáveis. Porque é você... O único a permanecer. Você me aproxima quando me afasto e está sempre, sempre ao meu lado. Seja numa festa ou debaixo do cobertor no dia de domingo; seja num acontecimento bom ou ruim... Você sempre está. E eu não acostumada a esse tipo de amor. E tenho receio de que ele se vá com o entardecer do dia e não volte quando o Sol amanhecer. Porque é assim... As perdas são abruptas e instantâneas e eu não quero perder você. Sobre o bem que você me faz eu quero o amor, quero você. Difícil acreditar que você me queira assim: da forma como quero você; estranho assimilar que o bem que você me faz é a medida certa do que quero pra mim; estranhamente bom saber que é você...

segunda-feira, 20 de junho de 2011

VOCÊ

                    




Eu tenho um milhão de motivos pra fugir de pensar em você, mas em todos esses lugares você vai comigo. Você segura na minha mão na hora de atravessar a rua, você me olha triste quando eu olho para o celular pela milésima vez, você sente orgulho de mim quando eu solto uma gargalhada e você vira o rosto se algum homem vem falar comigo. Você prefere não ver, mas eu vejo você o tempo todo."




 -Tati Bernardi

quinta-feira, 16 de junho de 2011

               



“Porque, pra viver de verdade, a gente tem que quebrar a cara. 
Tem que tentar e não conseguir. Achar que vai dar e ver que não deu.Querer muito e não alcançar. Ter e perder. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e dizer uma coisa terrível, mas que tem que ser dita. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e ouvir uma coisa terrível, que tem que ser ouvida.A vida é incontornável. A gente perde, leva porrada, é passado pra trás... cai.Dói, ai, dói demais. Mas passa.Está vendo essa dor que agora samba no seu peito de salto agulha? Você ainda vai olhá-la no fundo dos olhos e rir da cara dela. Juro que estou falando a verdade. Eu não minto. Vai passar.”


Caio Fernando Abreu

quinta-feira, 2 de junho de 2011

... com sabor de fruta mordida ...

   
            






"... ...A gente constrói, dia após dia... paciência, silêncio, longas conversas..." 
"... ... Alguém que divida o chão comigo, que me traga fôlego, dormir abraçada..."
"... ... Reconstrução, ritmos, pausas, desafios... ..."




Um amor tranquilo com sabor de fruta mordida...